Reims / França, 20 de maio de 2011
Viagem tranquila até uma Paris de metrô grande a percorrer escuridões. Quinze horas de medidar em ônibus pela Itália e França.
Chegando em Paris, já sabendo o caminho, fui aos trens da Gare d’est e cheguei em Reims, cidade do Festival. Laurène já me aguardava na estação mesmo sem me conhecer, Genifer? Ça va? Oui, oui...!
O Festival foi todo realizado no Palais du Tau, ao lado da Catedral Notre-Dame de Reims, famosa por ter sido local de coroamento de antigos reis da França, e cuja história carrega também a presença forte da Joana D’Arc. Com seus vitrais belos a colorir as máquinas fotográficas dos turistas (dentre eles um vitral feito por Chagall) e suas velas compridas como pescoços em curiosidades a olhar os santos, a Catedral carrega em sua frente imagens das mais distintas e delicadas. E em seu topo duas torres inacabadas retratam uma igreja sem chapéu, a se abrir ao sol.
No palácio, a preparação para as cenas breves preenchiam as salas, imensos espaços com seus tapetes e esculturas cobrindo as paredes, grandiosidades em pedras a fazer vigília constante.
Após um tour em francês com Laurène, deixou-me ela na área externa, local de integração e comilanças. Logo chegaram Violaine e Evandro, brotando em abraços, saudades já.
Ficamos lá, arrumei o Mundo Miúdo que também será apresentado nesta parte externa ao lado da Catedral (inundando meus olhos de detalhes, nos intervalor), assim como Punch et Judy e mais duas outras cenas.
Depois me levaram à casa onde irei me hospedar junto com uma musicista, a Emilie – em um apartamento onde nos entregaram as chaves e não há mais ninguém. Ficamos em quartos separados, mas nos juntamos para conversar na sala e cozinha. Bom, nos entendemos, meu francês de um mês de estudos não está tão mal.
Na noite que aqui escurece tarde a abertura oficial do Festival, bienvenue todos, blábláblás, champagne e palitos com queijos, tomates, coisas gostosas que não sei dar nomes. E o início das apresentações, como sugere o título : cenas breves, de no máximo 30 minutos, e a minha de dois com fila e olhares atentos.
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