Álvaro e Manolo são artistas de rua – o primeiro do Uruguai, o segundo grego. Palhaços, trapezistas, jovens/homens livres a colorir as praças do mundo. Moram na casa que chamam de favela (com referência ao Rio), assim como Fragitsa. No entanto, Álvaro se vai. Parte amanhã para China com seus 8 idiomas. Ficará 6 meses. E depois, sendo da rua, não prende certeza em nada.
Estes artistas parecem com os da Cia El Indivíduo, de Minas. Trabalham muito rua, em todas as horas, com várias alternativas de atuação. Trabalham duro, e vivem bem disto.
Os vi quando se apresentaram juntos na praça, monociclo, corda bamba, cachorro a fazer parte dos números. E estivemos com eles a ir e vir na casa movimentada. Na “favela”, hoje houve festa de despedida. Juntaram-se uns amigos e cantaram em um chinês inventado regado a uma cachaça local homenageando Álvaro.
Disse adeus, arrumou a mala à noite com os amigos – acordeon ou trombeta? Este figurino ou este? Isto ou aquilo?
Se vai. Com sua energia forte brotando nos olhos escuros e seu nariz vermelho embolotado à frente da face.
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