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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Chegada no XII Festival de Arte e Teatro de Rua de Valladolid

Valladolid/Espanha, 25 de maio de 2011


Cheguei na cidade, como disse 26 horas depois da minha partida da França. Foi uma chegada estranha, desembarquei 10:45h da manhã, liguei para Tulani (a produtora cultural que possibilitou a minha vinda para cá) e ela disse estou indo, vamos direto à coletiva de imprensa. Coletiva? Sim. Começa às 11h, estava com medo que não conseguiríamos chegar.


No taxi penteei meus cabelos com 3 dedos finos. Chegado no lugar, deixe sua mochila e caixa ali, segue-me, uma sala grande inundada de repórteres em cadeiras, câmeras fotográficas, filmadoras igualmente longas como gansos orgulhosos em rios.


Primeiro uma foto, aqui aqui, éramos uns 7, xis, plim plim plim os flashs de todos os lados. Sentem-se na mesa, 7 lugares, águas, microfones, impresso o meu nome na plaquinha veja só como são as coisas. Olhei para Tulani ao meu lado, sussurrou falamos do que é o Teatro Lambe-Lambe e respondemos as perguntas. Concordei com a cabeça em balanço suave. Fala espanhol? Engano. Dale, está bom!


Falou o moço da direita, de camisa listrada e meia verde abacate. Foi traduzido em seu inglês animado. Falou outro grupo estrangeiro, 2 ou 3 mentes. Estávamos no meio, falem vocês agora. Isso e aquilo, uma pessoa por vez assiste ao nosso espetáculo particular, nem sabia eu para que câmera explicava. Entenderam meu espanhol improvisado. Falou Tulani. Falou o grupo da esquerda. Perguntaram alguma coisa, responderam outros. Acabou-se. Gracias!


(Achei engraçado. Senti-me importante, até, com tantos ouvidos ao meu dispor.)


Depois pegamos as coisas, deram-nos os tickets para refeições, a programação, 65 cias, 260 apresentações, 16 países neste hotel. Tulani disse desculpe a correria. Não, engraçado é.


Poucas horas depois estava eu em um estúdio de rádio. A rádio mais importante da região, vão fazer uma entrevista com você. Eu disse tá. Radialista simpática, sorridente deixou-nos a vontade (Tulani e eu). Falávamos as três na sala marrom embolotada. Falamos bastante nos microfones bonitos. Ficou ela curiosa para ver as caixas de teatro em miniatura. Gracias, hasta!


Quase noite, já, fomos ver dois espetáculos que abriam a programação do Festival. Este se encerraram os ingressos, de sala é. Aquele é na rua, colocaram arquibancada para 500 pessoas, tem mais de 1.000 à espera. Voltamos amanhã, o hoje se despede de sono.


Entendi o tanto de produção, de divulgação: o porquê de tanta gente. Vamos ver como vai ser o pequeno Mundo em tão grande Festival.

Um comentário:

  1. Cada vez que leio teus relatos não consigo deixar de me emocionar.Chego às lágrimas, não por tristeza, pois esta naõ existe neste momento, mas por pura emoção, alegria e felicidade.
    Que tua vida seja sempre assim,repleta de muitas
    realizações e conquistas.
    Te amo!Mãe.

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