Teve fim o segundo festival. Uma overdose seguida de outra!
Agora tenho-me em Barcelona, passar o dia por aqui. Falei com Ana, falei com Felipe, filho de Angela, que lá moram. Venha para cá, tome café da manhã conosco. Fui. Toquei o interfone cedo, suba! Comi com eles, longos anos que não os via. Papo ligeiro em apartamento aconchegante. Depois deu-me Felipe orientações: pode ir aqui, andar por essas ruas, conhecer isso e isso e se perder por estas, é bom para percorrer o desconhecido. Indicou-me o mapa, deixei meu mochilão e lá fui eu.
Vi igreja Sagrada Família com os homens pequeninos pendurados a fazer restauração. Vi casas de uma arquitetura torta, Casa Battló, Casa Milà, e turistas com suas máquinas apontadas, como eu. E mais abaixo vi praça espanhola recheada de gente, estátuas com protestos, com roupas, com explicações e pedidos. ‘Movimento 15M’ chama-se, uma organização surgida na Espanha a fim de protestar a favor de uma democracia real, com propostas. Dizem: “a crise não é nossa”, e as propostas são. A praça, dividida em comitês com soluções concretas, diz-se que cada vez enche mais de gente. Assim como as praças de toda a Espanha (em Valladolid a praça também estava cheia, pessoas de todas as idades acampando e debatendo pelo movimento). Não duvido que estava à frente de algo que em pouco tempo pode se espalhar pelo mundo como sementes em vento de campo. Senti-me forte cá estando, senti sentido no protestar, não algo de jovens que só por querer o diferente saem às ruas sem nada de concreto a gritar.
Depois me perdi, e voltei de metrô porque hora já era de pegar o trem e ir ao aeroporto.
Tchau Felipe, obrigado por tudo, levou-me à estação de guarda-chuva para garoa não me encharcar. Metrô cheio, anda anda, cheguei no aeroporto, de volta ao Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário